quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Manuel da maia

Nasceu em Lisboa, no ano de 1680 e terá falecido em 1768.

Manuel da Maia, engenheiro militar foi encarregado, pelo Marquês de pombal
ministro de Rei D. José, de dirigir a reconstrução de Lisboa aquando da destruição provocada pelo terramoto de 1755.


Manuel da Maia, era ao tempo militar com o posto do General e
simultaneamente o Engenheiro-Mor do reino. Para desenvolver essa tarefa seleccionou
oficiais engenheiros e praticantes da Academia Militar de “O sismo teve o epicentro no mar, a oeste do estreio de Gibraltar, atingiu o
Grau 8,6 na escala de richter e o abalo mais forte durou sete minutos. Por
ser sábado, ocorreram mais pessoas às preces. As igrejas tinham os devotos mais
madrugadores. Só na igreja da trindade estavam 400 pessoas. Se os abalos tivessem
começado mais tarde, teria havido mais vitimas, pois os aristocratas e burgueses iam à
missa das 11 horas. Depois dos abalos , começaram as derrocadas. O Tejo recuou e
depois as ondas alterosas tudo destruíram a montante do terreiro do paço e não só. Era
o fim do mundo!”
Os incêndios lavraram por grande parte da cidade durante intermináveis dias. Foram dias de terror. As igrejas do Chiado e os conventos ficaram destruídas. A capital do império viu-se em ruínas, já para não falar de outras zonas do país, como o Algarve, muitíssimo atingida pelo sismo e maremotos subsequentes. Do Convento do Carmo, construído ao longo de mais de trinta anos e terminado, provavelmente, em 1422, com o empenho e verbas do Condestável Nuno Álvares Pereira, sobrou um amontoado de ruínas. A comunidade italiana que mandara construir a Igreja do Loreto viu cair o sino modo a poder apresentar as
plantas reconstrução da baixa da cidade.da torre, e, de seguida, o incêndio tudo consumiu. Ficaram os escombros. Quanto às igrejas da Trindade e do Sacramento desapareceram. «O Sacramento, das 17 freguesias que sobre a ruína do abalo sofreram o estrago do incêndio, foi das mais destroçadas nessas horas funestas.» Não foi poupado o antigo Convento do Espírito Santo, que haveria de transformar-se nos Armazéns do Chiado e Grandela. As ruínas do Convento do Espírito Santo foram depois compradas por um argentário, conhecido por Manuel dos Contos, mais tarde barão de Barcelinhos e depois visconde. A filha única casou com o 2º visconde de Ouguela, que foi proprietário do edifício até ao dia em que o vendeu para ser transformado nos hotéis Europa, Gibraltar, Universal, (tão falado em “Os Maias” de Eça de Queiroz) e Hotel dos Embaixadores, que já não existem. Sofreram um grande incêndio, em Setembro de 1880. Em 1894, os Armazéns do Chiado adquiriram a parte central. Outro incêndio, o de Agosto de 1988 destruiu por completo aquele espaço. Os mais cépticos não acreditaram que o Chiado renascesse, mas ficou provado que ele tem "artes mágicas" para reviver e atrair a si tudo e todos.


Entre as medidas que se salientam na reconstrução salienta-se a hipótese de
construção total de toda a zona destruída. Por isso todos os edifícios foram deitados
abaixo e se traçou uma nova cidade de um modo que ainda no presente pode ser
verificado já que se encontra toda a zona de tal modo preservada que atesta não apenas a
qualidade da construção que foi realizada, bem como o projecto urbanístico que
caracteriza essa zona que ficou conhecida com baixa pombalina.

Os estudos para renovação da cidade começaram, pode-se afirma-lo, logo em
Dezembro de1755, data da representação dos cinco “modos”para renovação da
“cidade baixa de Lisboa”, pelo engenheiro - mor do reino, Manuel da Maia, ao Duque
de Lafões na qualidade de regedor das justiças.

As plantas elaboradas concretizaram, na ortogonalidade dos traçados das ruas,“o espírito cartesiano das nossas cidades, vilas e fortalezas do fim de seiscentos”que,